Tubarões: embaixadores do turismo em Noronha

Os tubarões cabeça-de-cesto, lambarú e limão são os mais comuns do Arquipélago de Fernando de Noronha, PE. O Projeto Tubarões Fernando de Noronha foi iniciado em 2000, e comprovou que o arquipélago é um importante berçário para as três espécies. A proteção dos berçários é uma prioridade para o manejo e conservação de uma população de tubarões, pois sua renovação depende diretamente da sobrevivência dos jovens.

Entre 1992 e 1997 estes animais foram explorados comercialmente por uma empresa de pesca local direcionada aos tubarões. Como eles se reproduzem lentamente e produzem poucos filhotes, suas populações podem demorar até 20 anos para se recuperar. Embora esta pesca comercial tenha terminado há vários anos e cerca de 70% da região litorânea do arquipélago atualmente seja um Parque Nacional Marinho, os pescadores ainda capturam tubarões, especialmente os jovens, durante a época de parto. Como o número de fêmeas em idade reprodutiva é desconhecido, não é possível determinar se esta pesca é prejudicial.

Por outro lado, a presença e a facilidade de observação de animais carismáticos como os tubarões fazem de Fernando de Noronha o melhor local do Brasil para observação de tubarões, além de aumentar sua reputação como um dos nossos principais destinos para o mergulho turístico. Por isso, o Projeto Tubarões realiza uma campanha para conscientizar a comunidade de Noronha a proteger os tubarões e valorizá-los como atrativos turísticos.

Quem são os principais caçadores de Noronha?

Os três vídeos abaixo fazem parte da campanha de valorização dos tubarões como recursos do ecoturismo promovida pelo Projeto e foi veiculado na emissora de TV do arquipélago no verão de 2006. Agora, são disponibilizados para que você, caro visitante, saiba um pouco mais sobre eles. Os roteiros são de Ricardo Garla e a edição é de Fábio Pereira da Hydrosphera Produções.

Noronha - berçário de tubarões

Os tubarões-cabeça-de-cesto, limão e lambarú utilizam Noronha como berçário e creche - ou seja - como locais de parto e de crescimento de jovens. Daí a grande importância do arquipélago para renovação das populações destes animais em parte do nordeste do Brasil e na região equatorial do Atlântico sul. Confira abaixo!

Permanecendo no berçário ao redor do arquipélago, os jovens podem gozar da alimentação farta e da baixa incidência de adultos (os quais podem devorá-los ao menor vacilo, pois entre os tubarões canibalismo é freqüente e prevalece a lei do mais forte) antes de se aventurarem pelo mar aberto.

Sim, eles moram no arquipélago

O monitoramento através da técnica de telemetria demostrou que os jovens das três espécies podem permanecer vários anos ao redor do arquipélago, gozando da proteção do berçário. Por isso, é viável a valorização dos tubarões como embaixadores do ecoturismo em Noronha, já que eles podem ser encontrados durante o ano todo na região.

Detalhe, o monitoramento também mostrou que eles preferem os locais com menor atividade humana, o que demonstra que nossa simples presença pode ser suficiente para afugentá-los. Para evitar isso e promover os tubarões como atração local, é necessário orientar os mergulhadores a assumir uma conduta adequada frente a eles durante os mergulhos, além de evitar a pesca excessiva. É examente para isso que estamos trabalhando.

Nossos tubarões estão rindo a toa!

É porque chegaram as novas camisetas do Projeto Tubarões especialmente desenvolvidas pela Gênesis Tintas de São Paulo. A Gênesis diferencia-se pela produção de tintas serigráficas de ampla aplicação e tem preocupação em apoiar iniciativas ambientais e sociais (www.genesistintas.com.br). Ah, e parabéns pela recém adquirida certificação ISO 14001.

Ministério apoia os tubarões de Noronha

Vale lembrar que desde 2007 o Fundo Nacional do Meio Ambiente, do Ministério do Meio Ambiente, vem patrocinando nossas atividades de pesquisa e educação ambiental. Agradecemos a preocupação desta instituição, indispensável para o estudo e a proteção dos nossos dentuços!